Céu e Terra - sinopse


          

        A peça se passa numa cidade do interior, Arroio do Moinho, e envolve uma família formada pela Sra. Gorete e sua filha Cacá, que nas férias alugam um quarto no sítio onde moram com a Vovó.

             No primeiro dia das férias, o Sr. Ferreira sai para pescar e seu filho Antônio Carlos -Tonho,  junto com Cacá vão fazer uma caminhada ecológica pelo rio. Resultado: Seu Ferreira não consegue pescar absolutamente nada, apesar de se auto-proclamar “o rei da pescaria”.

             Ao mesmo tempo as crianças descobrem, com auxílio de um microscópio que não há vida, “nada se mexe” nas águas do rio.  Finalmente, conseguem pescar uma traíra quase morta ( “ela está verde, com umas bolhas esquisitas”) e para reanimá-la procuram algum verme de fruta para alimentá-la e tentar salvá-la. Cacá explica a Tonho que as árvores costumam ser pulverizadas com agrotóxicos. As crianças descobrem que os vermes também estão “coloridos e mortos”.

             
É assim que o casal de crianças descobrem, brincando exploradores do rio, que deste rio não se pode beber água ( o boi Balduíno bebe e fica doente ), não se pode tomar banho ( uma estranha e ao mesmo tempo linda espuma deixa os dois com febre, enjôos e com a pela avermelhada ), não se pode pescar ( os peixes, escassos, estão contaminados ) E descobrem também que as florestas estão desaparecendo, restando poucas ou nenhuma árvore.
             A peça vai revelando as causas e os responsáveis pela poluição. D. Gorete uma inseticida para matar os vermes, que podem atacar suas plantas, e os porcos do sítio são tratados com pílulas, injeções e corantes em sprays. Num sítio moderno não deve existir lama”!  A fábrica de papel em que trabalha o Químico joga fumaça no ar, lixo no rio e consome toda a madeira retirada da floresta.

 Quando as crianças vão ao Químico reclamar da situação, ele diz que “a chaminé de uma fábrica tem que soltar fumaça. Aqui se ganha dinheiro.” E que se quiserem podem procurar os donos da fábrica, seu Sujinho e dona Bonequinha. É claro que Bonequinha, que descansa ao sol de Angra dos Reis, não entende nem se importa com o assunto que interessa a Tonho e Cacá.

            A situação se revela assim, aparentemente sem solução. Seu Ferreira desiste de passar as férias no campo ( “Férias num monte de lixo” ), D. Gorete culpa as crianças pela confusão dizendo que o rio “não é mesmo lugar para brincar” e o rio, envenenado, morre.
            
                 Esta é, resumidamente, a história. 

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